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A direção do 18° Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) esteve reunida ontem, 16, para estabelecer um planejamento de ações para os próximos seis meses, quais objetivos a categoria pretende e quais os caminhos vai tomar para atingir essas metas. Participando da atividade durante todo o dia, esteve em Santa Cruz do Sul a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira.
A diretora do 18° Núcleo, Mirian Trindade, explica que este planejamento curto é explicado devido a rápida mudança na realidade política. “Temos que ser muito ágeis, pois cada ação nossa representa determinadas reações do Governo, portanto nós também precisamos estar atentos para novas estratégias”, esclarece. Porém, um dos principais objetivos da direção local e estadual do Sindicato continua sendo a aproximação cada vez mais maciça com os integrantes da categoria. “Tivemos grandes avanços neste sentido em todo o tempo de governo, mas queremos ouvir cada vez mais os profissionais, estar cada vez mais presentes no dia-a-dia da escola”, acrescenta.
A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, também está visitando outros núcleos durante o mês até a assembleia geral que ocorre no dia 2 de março, às 14h, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Segundo ela, o evento foi marcado diante do autoritarismo do governo que encaminhou seu projeto de reajuste salarial à Assembleia Legislativa em regime de urgência, sem nenhum debate com os os educadores, o Cpers/Sindicato reorganizou a sua agenda de mobilização.
Nos dias 23 e 24, nas reuniões pedagógicas, a categoria debaterá a proposta do governo e o calendário construído pelo o Conselho Geral para o pagamento do piso. Além disso, no primeiro dia letivo do ano – 27 de fevereiro – os educadores trabalharão em turno reduzido para denunciar à comunidade escolar o desrespeito do governo para com a categoria e a educação pública do estado. Dia 29 será destinado à realização de assembleias regionais.
Everson Boeck
Mirian Trindade, diretora do 18° Núcleo, e Rejane de Oliveira, presidente do Cpers/Sindicato
Para a presidente do Cpers, o Governo Tarso continua tomando iniciativas antidemocráticas, com práticas antisindicais e autoritárias. “Três exemplos: no dia da eleição do Cpers em que toda a categoria estava mobilizada em função disso o Governo apresentou o pacote de sustentabilidade que mexeu diretamente nas RPVs, criou o fundo de capitalização e mexeu na aposentadoria dos trabalhadores; no final do ano, dia 29 de dezembro, quando toda a categoria estava praticamente em período de férias, Tarso publicou um decreto mexendo nos critérios de avaliação do plano de carreira; e agora, durante o período de férias, o Governo coloca em regime de urgência uma proposta para que os professores não possam debater. Isto é, tudo para nos prejudicar”, lamenta.
Rejane também frisa que a categoria vai debater, tanto nas assembleias regionais quanto na geral, a proposta que apresenta um calendário de pagamento para o piso (o qual o Governo se recusa a pagar ou apresentar). Nesta proposta o Cpers sugere:
– Pagamento, em 2012, do valor de R$ 1.187,37 – valor definido pelo Governo Federal para o piso em 2011 – conforme o calendário:
Mês de maio = 19%
Mês de agosto = 14%
Mês de novembro = 10,64%
– Mesmos índices para os funcionários de escola
– Negociação do reajuste relativo a 2012, bem como o de 2013, na “Campanha Salarial” do ano que vem