O HPV (papilomavírus humano) é um vírus que afeta homens e mulheres e é considerado a principal doença sexualmente transmissível (DST). A transmissão ocorre principalmente na relação sexual e no contato pele a pele. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV e cerca de 15 estão associados ao desenvolvimento de câncer genital (cólo de útero, vagina, vulva e pênis) e verrugas genitais.
A maioria dos casos de infecção por HPV não causa nenhum tipo de sintoma e desaparece sem tratamento. Entretanto, em algumas pessoas o HPV pode se manifestar como verrugas genitais ou lesões que se não tratadas podem progredir para câncer de colo de útero, vagina e vulva. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% de câncer de colo de útero e os tipos 6 e 11 são responsáveis por 90% dos casos de verrugas genitais em homens e mulheres.
O HPV não apresenta sinais ou sintomas e é justamente por este motivo que é tão importante consultar seu médico regularmente e realizar exames de rotina (por exemplo o Papanicolau para mulheres). Se for necessário, seu médico poderá pedir exames complementares.
Para reduzir o risco de contágio pelo HPV genital alguns cuidados são fundamentais: reduzir o número de parceiros sexuais – quanto maior o número de parceiros, maior o risco de contrair/transmitir qualquer DST; o uso do preservativo é imprescindível; se houver suspeita de que o parceiro sexual tenha qualquer DST é altamente recomendável consultar o médico e não compartilhar objetos de uso íntimo com outras pessoas e fazer higiene de objetos de uso comum (como toalha e vaso sanitário).
VERRUGAS GENITAIS
Também conhecido como condiloma acuminado, é uma DST que se caracteriza pela formação de lesões em aspecto de couve-flor que podem variar de tamanho, conhecidas popularmente como crista de galo ou jacaré. As lesões atingem a pele do pênis e vulva, a uretra, nádegas, ânus, vagina, e podem ainda atingir outras áreas, como laringe, mãos etc. Essas lesões podem ser minúsculas ou estar escondidas dentro do meato urinário, dentro da vagina, no colo do útero ou reto, dificultando seu reconhecimento e retardando a procura de atendimento médico. É causado principalmente pelos subtipos do HPV 6 e 11. As verrugas genitais são normalmente observadas somente de 1 a 6 meses após a infecção ter ocorrido.
O tratamento é a base de medicamentos. Uma forma de prevenir é evitar relações sexuais sem proteção com indivíduos contaminados. Muitos pacientes desenvolvem recidivas após os tratamentos atuais.
CÂNCER GENITAL
Este é o câncer que pode atingir o órgão genital masculino ou feminino. O câncer mais comum é o câncer de cólo de útero, que é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres, e relacionado a mortalidade alta. O exame de Papanicolau é um método bastante conhecido e fundamental para o rastreamento dessas lesões. Esse tipo de câncer está relacionado à infecção pelo HPV 16 ou 18, sendo que esses dois tipos estão presentes em cerca de 70% de todos os casos. A prevenção da infecção elo HPV é um método muito importante para a prevenção de câncer de cólo de útero.
O tratamento do câncer genital e principalmente câncer de cólo de útero envolve cirurgia seguida de terapia medicamentosa (quimioterapia).
Material fornecido pelo Centro de Vacinas de Santa Cruz e extraído da publicação do MSD
_______________________
Quem pode contrair HPV genital?
Qualquer pessoa que tenha qualquer tipo de atividade sexual com contato genital está sujeito à transmissão do HPV. Estima-se que entre 50% a 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos entrem em contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de sua vida. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, podem transmitir o vírus mesmo sem saber. O HPV é altamente contagioso; assim, é possível adquirí-lo com uma única exposição. Muitas pessoas adquirem o HPV nos primeiros 2-3 anos de vida sexual ativa.
– 8 em cada 10 mulheres já pegaram ou pegarão algum tipo de HPV
– 20% dos que contraem o vírus apresentam sinais de infecção
– No mundo a cada 2 minutos uma mulher perde a luta contra o câncer de colo do útero
– 11% das que têm sinais de infecção evoluem para câncer