A história de Santa Cruz do Sul, e da região do Vale do Rio Pardo, confunde-se com a produção de tabaco. Em nosso município e em nossa região, esta cultura promoveu o desenvolvimento socioeconômico. Se hoje Santa Cruz possui uma boa qualidade de vida, muito deve-se a esta atividade econômica, que permite ao município uma grande força tanto no campo quanto na cidade, seja na agricultura, seja na indústria. Isto acaba resultando em bom desempenho para outras áreas econômicas, como o comércio. Se Santa Cruz possui poder de consumo, a renda gerada pelo tabaco tem uma relação direta com esse fator, o chamado poder aquisitivo.
O esteio da economia local e regional, portanto, é o produtor de tabaco. No campo, ele garante a produção que chega às indústrias do setor, permitindo este ciclo econômico que é um case de sucesso, e deveria ser mais reconhecido em termos nacionais. Em função desta relevância, o dia 28 de outubro foi definido como o Dia do Produtor de Tabaco. Devido à repercussão econômica que a produção de tabaco detém no âmbito estadual, o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a oficializar a data por meio da Lei 14.208, do dia 6 de março de 2013. O projeto foi colocado em pauta pelo então deputado estadual Heitor Schuch, atualmente deputado federal.
Os outros estados da Região Sul, Santa Catarina e Paraná, também são beneficiados pela cultura do tabaco. Ambos resolveram instituir também o Dia do Produtor de Tabaco. Santa Catarina realizou esta definição no dia 11 de setembro de 2013, proposta pelo deputado estadual Mauro de Nadal, através da Lei 16.114. Já no Paraná, a lei 17.729, de 23 de outubro de 2013, instituiu a data, numa proposta do deputado estadual Antonio Anibelli Neto.
NO ÂMBITO INTERNACIONAL
A origem do Dia do Produtor de Tabaco remete a outubro de 2012. Na ocasião, a data foi criada durante assembleia da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (Itga), ocorrida na Argentina. Por que esta data foi a escolhida? Em 1492, Cristóvão Colombo chegou às Américas. No dia 28 de outubro, dois tripulantes da embarcação visitam o interior do que viria a ser a ilha de Cuba. Eles encontram nativos e testemunham um estranho ritual em que a fumaça de folhas queimadas é inalada através de um tubo. Assim aconteceu a apresentação das folhas conhecidas pelos nativos como Cohiba e que mais tarde seria chamada de tabaco.
