LUANA CIECELSKI
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A maior parte das pessoas passa os dias 24 e 25 de dezembro, véspera de Natal e Natal respectivamente, celebrando com a família e os amigos, esperando a chegada do Papai Noel, reunidos próximos a uma árvore de Natal cheia de presentes e em volta de uma mesa farta, ou pelo menos bem preparada para a passagem da data. Mas você já parou pra pensar que para algumas pessoas o Natal não é exatamente assim?
Os judeus, por exemplo, não comemoram o Natal nos moldes cristãos porque apesar de reconhecerem o nascimento de Jesus, não o consideram um divindade. Além deles, há também as Testemunhas de Jeová. Apesar de Cristãos, e de aceitarem a comemoração das demais pessoas nesse período – especialmente aquelas comemorações que procuram pensar em Deus e ajudar os necessitados – eles têm uma visão um pouco diferente sobre o nascimento e a vida de Jesus.
Conforme explica o Relações Públicas da instituição em Santa Cruz, Felipe Montenegro, a Bíblia não diz exatamente em que dia Jesus nasceu, mas indícios climáticos contidos no livro sagrado apontam que não poderia ter sido em dezembro. Além disso, sabe-se que a data (25 de dezembro) foi instituída com a finalidade de adaptar os calendários de celebrações pagãs já existentes à novas religiões que surgiam e assim, conquistar mais fieis. Dessa forma, o dia 25 de dezembro é visto pelos Testemunhas de Jeová como uma data comum, um dia como qualquer outro.
Além disso, seguindo aquilo que está posto na Bíblia, os Testemunhas de Jeová não consideram correta a comemoração do aniversário. “A Bíblia não fala que Jesus ou outras pessoas que adoravam a Deus comemoravam aniversário”, explica. Aliás, “os primeiros cristãos não comemoravam o Natal, porque só pessoas que não eram cristãs tinham esse costume”. Dessa forma, comemorar o aniversário, mesmo que o de Jesus, seria agir de forma diferente daquela como agiu Jesus. Isso acaba se agravando pelo rumo comercial que a festividade acabou tomando.
SUA CELEBRAÇÃO
Por tudo isso, as Testemunhas de Jeová preferem faz uma única grande celebração anual, por volta do período em que foi registrada a morte de Jesus – ou seja, entre março e abril – com o objetivo de lembrar Jesus por seus ensinamentos e feitos, lembrar dele como ele gostaria de ser lembrado.
Nela, nem em tom de alegria, nem em tom de tristeza, mas em tom de respeito, é relembrada a Ceia do Senhor, em que Jesus divide o pão e o vinho em celebração. Ela é considerada suficiente, porque marca um dos feitos mais importantes de Jesus, ou seja, a libertação dos homens de seus pecados.
“Admitimos que o nascimento de Jesus foi um acontecimento notável, mas os primeiros discípulos davam muito mais importância ao que ele fazia e ensinava. Certamente Deus nunca intencionou que o nascimento de Cristo ofuscasse a sua vida adulta”, explica Felipe.
Mais informações sobre as crenças e celebrações dos Testemunhas de Jeová podem ser encontradas na página www.jw.org.
