Início Educação 5ª Mostra Regional de Projetos: feira expõe o protagonismo estudantil

5ª Mostra Regional de Projetos: feira expõe o protagonismo estudantil

Alunos dos níveis fundamental e médio participaram da iniciativa que integrou 100 trabalhos

Divulgação/RJ
Alunos vencedores da Escola Ernesto Alves de Oliveira com os professores na premiação

Ana Souza– [email protected]

A criatividade esteve em alta na tarde de terça-feira, 8, no Pavilhão 2 do Parque da Oktoberfest, onde ocorreu a 5ª Mostra Regional de Projetos, com a temática “Educar para o protagonismo estudantil”. O evento, não realizado em 2020 e 2021 devido à pandemia do covid-19, contou com 100 trabalhos selecionados entre 445 inscritos de escolas dos 18 municípios da 6ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE).


A exposição estimula as aprendizagens significativas desenvolvidas de maneira multidisciplinar nos educandários. “Foram temas de grande destaque e relevância social e que tornam o aluno protagonista de seu próprio aprendizado. O professor é mediador do processo e essa iniciativa possibilita a integração de diversas áreas. Essa metodologia promove a socialização e desenvolve toda a pesquisa que acontece dentro das escolas. São ações que integram a comunidade escolar e a região”, explicou o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura.

Foto: Ana Souza
Taís, Arthur e Lair apresentaram projeto com foco nas vacinas


A Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, de Santa Cruz do Sul, levou para o evento dois trabalhos de alunos do ensino médio, o “Fanzine”, e o projeto de robótica do 3º ano do mesmo nível. Ambos foram destaques na mostra. As alunas Maria Eduarda Hirsch, Kamilly Watte e Tainá Souza, do 2º ano, apresentaram o “Fanzine Vida Saudável” trabalho interdisciplinar orientado por docentes da área de linguagens, e foram agraciadas com medalha no eixo Aprende Mais. Já Gabriel Werner Kuhn, Maria Eduarda Müller e Ana Elisa Müller, do 3º ano, guiados pelo professor Renato Ivan Haas, foram destaque no eixo Componentes Curriculares e receberam medalha com o projeto “Robótica educacional: ensinando aprendizado no âmbito escolar”.

“Houve muita interação entre alunos e professores de Linguagens, todos trabalharam unidos. Porém, foi selecionado o projeto do 2° ano para levar na mostra, bem como as alunas se dispuseram a apresentar”, explicou a professora Graziela Strothmann. “O trabalho foi feito com muito empenho, dedicação e criatividade pelos alunos e nós, professores, estamos muito felizes e orgulhosos. A conquista é mérito do protagonismo dos estudantes, da criatividade e desempenho na produção do trabalho da ‘Fanzine’ em sala de aula”, acentuou.

A diretora da Ernesto Alves, Janaina Venzon, frisou que escola é um mundo de conhecimento em todas as áreas. “Os professores, com seus conhecimentos em diversas áreas, acabam despertando a curiosidade dos alunos em relação ao aprendizado. Esses projetos inovadores fazem com que os estudantes possam, cada vez mais, buscar informações e fazer experimentos e chegar, muitas vezes, a conclusões positivas. É um desafio para os estudantes irem em busca de novas ideias e apresentar aos demais. A mostra é um aprender coletivo”, definiu

Os alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Lia Lopes, de Candelária, apresentaram o projeto “Vacinas”. O objetivo, conforme Taís Moraes da Rosa, Arthur Fernandes e Lair Menezes, foi despertar a conscientização para o uso de imunizantes contra doenças. “Analisamos as carteiras de vacinas dos alunos do 1º ao 5º ano do fundamental e assim montamos planilhas para analisar os dados. Incentivamos muito que os pais levem os bebês também, para que façam a vacina BCG e a da Pólio, que são muito importantes”, destacaram.

Iniciativa desperta a criatividade

Divulgação/RJ
Projeto Fanzine: um dos vencedores na categoria Aprende Mais

Luana Ferraz Cardoso
[email protected]

Os alunos do 2º ano do ensino médio da Escola Ernesto Alves desenvolveram o projeto interdisciplinar intitulado “Fanzine – Vida Saudável”. Fanzine é uma publicação não profissional produzida por admiradores de um fenômeno cultural específico, como um gênero literário, musical ou história em quadrinhos, para pessoas que compartilhem os mesmos interesses. Sendo um conjunto de informação e arte, o termo é a junção das palavras “fã” e “magazine”. Para produzir um fanzine, não precisa ser um artista ou especialista, basta acionar a criatividade e inventar o que lhe convém.


“Para mim a experiência foi divertida e o oposto do que normalmente fazemos em sala de aula. As fanzines, além de serem uma atividade diferente, despertam a nossa criatividade. Foi algo que me influenciou a fazer em casa também”, comentou Tainá Gabriele Souza de Oliveira, uma das integrantes do grupo. “O vínculo que criamos entre colegas e professores foi muito especial para mim e tudo serviu de aprendizado e algo inovador, pois saímos da rotina que vivemos. Apresentamos um projeto incrível e eu não havia feito nada parecido antes. Coloquei muitas expectativas em nossa apresentação”, enfatizou.


A colega Maria Eduarda Hirsch dos Santos descreveu observações e sentimentos semelhantes aos de Tainá. “O Fanzine foi um projeto bem diferente do que estamos acostumados a trabalhar em sala de aula. A troca que tivemos entre alunos e professores foi extremamente divertida e leve. Uma troca de conhecimento mútuo, onde todos aprendem e todos ensinam”, definiu. “Representar todos os segundos anos ao apresentar esse trabalho, assim como os professores, foi algo de extrema responsabilidade, porém me senti muito feliz em viver esse tipo de experiência, passando os nossos aprendizados de sala de aula para pais e outros alunos”, ressaltou.


“Para mim, foi de extrema importância o projeto da fanzine, pois fez eu abrir meus olhos para a vida saudável e me fez querer incluir esse hábito na minha rotina. Apresentar o trabalho para as famílias no Dia da Família na escola foi muito gratificante e legal, pois vimos o interesse de todos por esse assunto, que foi tão pouco falado nos anos pandêmicos. Acredito que deveríamos dar mais visibilidade a esse tema e trazer ele ao público e às escolas desde a infância, para os futuros jovens crescerem com uma visão mais clara e terem uma relação mais próxima com a vida saudável”, frisou Kamilly Watte, outra aluna integrante do grupo.