Início Empresarial 45 anos de atuação no país

45 anos de atuação no país

Alejandro Okroglic, diretor de opera›es; Manuel Chinchilla, presidente da Philip Morris Brasil, e o diretor de assuntos corporaivos, Fernando Vieira durante a coletiva de imprensa

Viviane Scherer Fetzer
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Sara Rohde
sara@riovalejornal. com.br

Para comemorar seu aniversário de 45 anos a Philip Morris Brasil organizou uma programação especial, iniciando as atividades na companhia em Santa Cruz do Sul, que foi onde a história da empresa foi começou em 1973, com a Companhia de Fumos Santa Cruz. Na manhã da última sexta-feira, 19 de outubro, a imprensa da região pôde conhecer as instalações da fábrica, acompanhada de colaboradores e diretores da companhia e conversar com o presidente da Philip Morris Brasil, Miguel Chinchilla. A operação em Santa Cruz engloba desde a produção da semente até a comercialização do produto final. O município centraliza a fabricação de cigarros da empresa desde 1999, em uma unidade responsável por abastecer mais de 174 mil pontos de venda em todo o território nacional e também os mercados externos. Essa história de sucesso inclui o apoio direto a 6 mil produtores de tabaco que possuem contrato de fornecimento assinado com a empresa. Além disso, a companhia emprega cerca de 3 mil pessoas em todo o Brasil, sendo mais da metade no Rio Grande do Sul.

A unidade de Santa Cruz do Sul é a primeira fábrica dentro da Philip Morris International e em toda a América Latina a ser certificada pela Alliance for Water Stewardship (AWS), razão do uso responsável da água. Conforme Alejandro Okroglic, diretor de operações, essa certificação aumenta ainda mais a conquista do desafio de sustentabilidade, “temos que olhar também para fora, para saber o impacto que causamos no ambiente em que estamos inseridos para podermos ajudar a melhorar esse local”. “A Região Sul como um todo e, especialmente, o Vale do Rio Pardo, fazem parte de nossa história. Ao mesmo tempo em que celebramos essas mais de quatro décadas, também trabalhamos para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, totalmente integrada à nossa visão de um futuro sem fumaça, uma vez que temos o tabaco como base de nossa principal alternativa tecnológica”, afirma Manuel Chinchilla, presidente da Philip Morris Brasil. 

Outro ponto positivo e que de certa forma irá beneficiar diretamente o setor de tabaco no que se refere ao aumento de exportação foi a aprovação recente na legislação, que permite a produção de embalagens com menos de 20 cigarros, destinadas exclusivamente ao mercado internacional. “São aspectos que têm o potencial de elevar a eficiência de nossa fábrica, gerando mais investimento e desenvolvimento para a região”, destaca o presidente da PMB. 

CIGARRO ELETRÔNICO

O presidente da Companhia destaca a iniciativa global da empresa de substituir progressivamente no longo prazo a comercialização de cigarros, oferecendo aos adultos fumantes produtos de risco reduzido no mundo todo. Um exemplo é o IQOS, produto de tabaco aquecido que já é comercializado em 42 mercados e consumido por mais de 5,8 milhões de pessoas. “Um futuro sem fumaça, não significa um futuro sem tabaco”, comenta Chinchilla. Nesse contexto, o Brasil continuará ocupando posição de destaque dentro da operação global da Philip Morris International, em razão da operação existente e da qualidade do tabaco produzido pelo país. 

“Reconhecemos o que causa as doenças e buscamos ser a solução, deixando de fazer parte do problema”, afirmou Chinchilla. Com o IQOS a companhia já atende 42 mercados no mundo, sendo que ao todo são 100 milhões de fumantes. Muito se fala agora da questão da regulamentação da Anvisa para esse tipo de produto e o presidente da PMB deixou claro que a companhia vai esperar que seja liberado “apresentamos um produto com potencial risco reduzido e sabemos que a inovação vem sempre antes da regulamentação, reconhecemos o passado, mas queremos fazer um novo futuro”, completou Chinchilla.

O diretor de assuntos corporativos, Fernando Vieira, salientou que o tabaco já é uma cultura diversificada e que os órgãos reguladores precisam “acreditar nos dados e nas pesquisas para entender o quanto a regulamentação é necessária”. Conforme os diretores a curto e médio prazo no Brasil que é o maior exportador não deve haver impacto com a mudança para o cigarro eletrônico. “A PMB tem um compromisso com os produtores, principalmente os da Região Sul e garantimos que eles podem continuar o seu trabalho porque vamos continuar precisando do produto, mesmo com essas mudanças”, afirmou Vieira. 

O Brasil é um mercado muito importante para a Philip Morris International pela produção, exportação e qualidade do tabaco. E assim, o país se torna importante para a transformação. “Sonhamos com uma fábrica dual aqui, que conte com máquinas para produzir os cigarros convencionais e os eletrônicos, pois são equipamentos totalmente diferentes, os investimentos na conversão de algumas fábricas já chegaram a 1 bilhão de dólares. Deixando claro que usamos as mesmas variedades de tabaco para produzir os heets, que abastecem os eletrônicos”, comentou Chinchilla.

Vieira lembrou que a companhia é a única empresa do setor que tem essa visão de futuro e que busca a substituição completa do cigarro convencional pelos eletrônicos. O foco estratégico da companhia vai continuar sendo o tabaco. E os desafios futuros apresentados por eles são o desenvolvimento do consumidor, o diálogo entre sociedade e órgão reguladores para que o Brasil faça parte dessa transformação, continuar buscando alternativas junto às autoridades para combater o mercado ilícito.

Impressões sobre a fábrica

– A fábrica de Santa Cruz do Sul possui 16 linhas de produção instaladas, simultaneamente rodam entre 8 e 9 linhas, dependendo do formato de cigarros produzidos. 
– No primeiro lugar que visitamos, o Cut Filer, pudemos perceber o vínculo da área rural com a área fabril, pois é ali que o tabaco que vem do produtor passa pelo primeiro processo para depois ir aos outros setores. É um processo totalmente automatizado.
– A PMB produz 90% dos filtros que utiliza. Ao todo são produzidos 8 mil cigarros por minuto, sendo que a cada 20 minutos uma amostra é recolhida para se analisar a qualidade dos aspectos físicos e visuais.
– Ao chegar na parte das embalagens são feitas 400 carteiras por minuto, com 10 maços por pacote. Cada carteira recebe um código único que serve para a companhia encontrar e entender o que aconteceu quando algum consumidor fizer reclamação, ou por algum outro motivo a que o produto tenha apresentado condições diferentes das que são usuais. 
– As máquinas são alemãs e italianas, desde que a fábrica se instalou aqui algumas já foram trocadas e a manutenção é constante para não perder o tempo de produção. 
– O Laboratório foi construído em 2013 e faz parte dos três ‘super labs’ que existem no mundo, junto ao do Cubo e ao da Indonésia. A empresa investiu R$ 124 milhões para unificar as etapas produtivas e instalou em Santa Cruz um dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento mais modernos do mundo, e o maior da América Latina. Faz análise do tabaco, análise do produto acabado, atende às regulamentações da Anvisa, monitoramento de produtos, desenvolvimento de novas marcas, atendendo a Equador, Colômbia, Venezuela, entre outros países. As pesquisas são feitas com o tabaco que vai ser usado para a produção brasileira de consumo interno e também para a de exportação. 
– O mercado do Canadá é um dos mais complexos quanto a regulamentação, seguido pelo Brasil. Já na Colômbia, Venezuela e Equador, o laboratório mantém o monitoramento do produto por questões de qualidade, pois nesses países não existe regulamentação. 
– No Brasil são produzidos 10 milhões de cigarros ao ano.

Celebração em grande estilo

Na última sexta-feira (19/10), aproximadamente 900 funcionários comemoraram em grande estilo os 45 anos da Philip Morris Brasil e praticamente pararam Santa Cruz do Sul. Para começar a noite, foram recepcionados em um churrasco oferecido pela empresa e ganharam convites para a Oktoberfest, para onde seguiram em 18 ônibus que saíram direto da fábrica com uma escolta especial. Chegando ao Parque, ainda foram recebidos pela banda oficial da festa e puderam seguir com a comemoração dançando e curtindo à vontade. Antes, porém, o grupo fez uma parada, para um registro histórico em frente ao Monumento do Imigrante, um dos símbolos da cidade.