Lucca Herzog
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Na manhã da segunda-feira, 18, o Aquarius Flat Hotel recebeu representantes dos países membros do Encontro Regional das Américas 2024, com entidades representativas do setor brasileiro e de associações de produtores da Argentina e dos Estados Unidos. A abertura da reunião, promovida pela Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA), repercutiu da 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), realizada de 5 a 10 de fevereiro, no Panamá.
O encontro começou com a acolhida do presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Drescher, que, manifestando gratidão por sediar o encontro em Santa Cruz do Sul, ressaltou a importância da união e da valorização de empresas e produtores: “Diante da falta de reconhecimento e de apoio da nossa comitiva da COP, precisamos nos unir ainda mais como produtores, como setor da cadeia como um todo. A união é muito importante para resistir e fortalecer este setor”.
Em discurso, o presidente da ITGA, José Javier Aranda, posicionou-se, destacando o papel do governo brasileiro na manutenção do setor: “Desejo que coloquemos nossa atenção em torno da COP10. Durante esta semana ficou muito claro o esforço que foi feito pelos países produtores como o Brasil, Panamá, El Salvador, Honduras, Colômbia e Nicarágua, trabalho que demonstra o alto nível de comprometimento assumido. […] O governo do Brasil manifesta uma indiferença absoluta diante um setor que representa milhares de pessoas. Por isso, eu solicito ao governo que não ignore essa importante cadeia produtiva, considerando que o Brasil é um exemplo para o mundo em boas práticas sociais, ambientais e de produção”.
Helena Hermany, prefeita de Santa Cruz do Sul, também participou da abertura, afirmando que o discurso que chega em Brasília é diferente da realidade. “As ONGs distorcem totalmente o que significa o tabaco para os produtores, para os municípios e para o meio ambiente”. Ela relatou aos presentes sua atuação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) durante o ano de 2023 para demonstrar a importância do tabaco para a economia da região e a vida de muitas famílias. “Expus a eles o que o fumo significa para a nossa cidade, como vivem os nossos agricultores. Demonstrei que eles têm qualidade de vida, uma casa boa, um bom automóvel, bons equipamentos de trabalho, com condições muitas vezes melhores do que quem vive na cidade”. A prefeita também destacou que as empresas fumageiras têm estimulado a diversificação da produção entre os agricultores.
Palestras
Por fim, o encontro contou com palestras e debates sobre variados temas. Ivan Genov, gestor de Análise da Indústria do Tabaco da ITGA, falou sobre Bloco de Mercado, enquanto o Presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, discorreu sobre o Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil. O Mestre em Economia da Farsul, Antonio da Luz, palestrou ainda sobre A Importância do Agro Brasileiro.