Everson Boeck – [email protected]
Cerca de 200 operários da construtora Serpal, sediada em São Paulo, que trabalham na obra de ampliação da Phillip Morris, no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul, decidiram parar as atividades na última segunda-feira, 12, e querem voltar para casa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria na Construção Civil de Santa Cruz do Sul, Hardi Assmann, em entrevista ao Riovale Jornal na tarde de ontem disse que as obras não retornarão e que os funcionários querem voltar para as suas famílias no Nordeste.
Rolf Steinhaus
Funcionários da construtora paulista querem receber seus direitos e retornar às suas casas
Esta não é a primeira vez que os operários paralisam. Desta vez, segundo Assmann, os principais problemas enfrentados são irregularidades que ultrapassam a questão das rescisões, incluindo até o não recebimento de passagens para retornar ao seu Estado. “Quando eles vieram trabalhar aqui, o acerto era que poderiam visitar suas famílias a cada três meses, mas isso não está sendo cumprido. Eles só voltarão a trabalhar se receberem tudo o que está pendente e os acertos contratuais forem cumpridos”, garante.
Hoje pela manhã deve acontecer uma reunião entre as presidências da Philip Morris e da Serpal (empresa integrante do Grupo Advento) e o Sindicato. “Queremos fazer um acordo com as presidências para que seja feito o pagamento desses 200 funcionários, depois disso a empresa (Serpal) deverá contratar outros operários para dar continuidade à construção”, explica.
Em nota, a Philip Morris esclarece que a Serpal é a empresa contratada para a execução da obra de ampliação da sua fábrica no Distrito Industrial e informa que está em contato com a empresa para que ela possa apurar os fatos e, caso necessário, tomar as medidas apropriadas. Já a Serpal não quis se pronunciar sobre o assunto.